Bare Minimum Mondays: o termo, o contexto e uma abordagem possível

admin
28 março 2023
Balões sorrindo, em referencia ao tema Bare minimum mondays

Sim, a gen z criou mais um termo para falar sobre bem-estar e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Mas, antes de virar os olhos para as “Bare Minimum Mondays”, vem entender o tema mais a fundo com a gente. Pode ter certeza que tem muito mais aí do que pode parecer num primeiro olhar. Inclusive, aqui na Flow, a gente segue um princípio bem semelhante a esse já tem um tempo – antes de ser tendência. 

O que são as “Bare minimum mondays” (segundas-feiras mínimas) 

Você já passou sua noite de domingo criando uma lista interminável de tarefas para fazer a segunda-feira render ao máximo? E como foi acordar no dia seguinte? Você se sentiu pressionado e estressado só de lembrar da quantidade de obrigações que programou para o seu dia? Pois é. Era assim que a criadora de conteúdo e empresária Marisa Jo Mayes se sentia quando aderiu às segundas-feiras mínimas.

Moyses viralizou no TikTok ao falar sobre o tema. A partir daí, as buscas pelo termo explodiram – junto com os artigos defendendo ou condenando a prática.

 

bare minimum mondays

 

Em entrevista à Business Insider, a creator conta que em 2020 trabalhava no setor de vendas de uma grande empresa até que entrou em burn out. Na época, ela achava que o problema era seu chefe ou a cultura da empresa. Por isso, se demitiu e começou o próprio negócio.

Acontece que ela continuou lidando com o trabalho da mesma forma, seguindo o que chamou de “cultura do trabalho árduo”, e seus problemas de saúde mental persistiram. 

“Eu me sentia mal porque estava tão esgotada que não conseguia fazer nada. Então, eu fazia uma lista de tarefas absurdamente longa para as segundas-feiras, com a esperança de superar minha exaustão e me sentir bem comigo mesma e com a quantidade de trabalho realizado.”

Como resultado, Mayes (e muitos de nós) acabamos chegando às segundas-feiras sobrecarregados, estressados e incapazes de nos concentrar adequadamente no trabalho. Por fim, essa sensação de desordem e cansaço se estende por toda a semana. Com isso, nos custa mais em termos de produtividade e vitalidade do que qualquer esforço pode compensar.

Foi então que Mayes decidiu mudar de abordagem. Em vez de criar uma lista enorme de tarefas todos os domingos e se esgotar tentando cumprir no primeiro dia da semana, ela estabeleceu uma nova regra. Fazer o mínimo possível nas segundas-feiras.

Não se trata de fingir estar trabalhando para enganar os chefes e viver um fim de semana prolongado. “Bare minimum Mondays”, segundo Mayes e outros adeptos, significa começar a semana com menos pressão sobre si mesmo; fazer o que precisa ser feito, mas evitar agendar reuniões e focar em tarefas mais “criativas” e no autocuidado.

 

O contexto socioeconômico por trás do movimento

Se tem uma coisa comum de se ouvir pelos “corredores” físicos ou digitais das empresas é sobre como a “Gen Z é mimimi”, “não sabe o valor do trabalho duro” ou “acha que tudo é saúde mental”. Não vamos nos atrever, aqui, a explicar o que uma geração é ou deixa de ser. Mas podemos afirmar que o que está por trás das “segundas-feiras mínimas” é mais complexo do que o “mimimi” pode explicar.

Em coluna na CNN, a jornalista Holly Thomas traça um resumo da situação econômica e social por trás do movimento bare minimum monday e outros que ganham força conforme a Gen Z adentra o mercado de trabalho.

Após anos de avanço em tecnologias, algumas crises econômicas e uma grande crise sanitária, vivemos em um mundo em que se desligar do trabalho é mais difícil do que era há algumas décadas. 

Em muitos países, como no Brasil ou nos Estados Unidos, as recompensas pelo trabalho duro também são muito diferentes hoje do que eram na época de nossos pais e avós. Conquistas como a casa própria, o carro e até mesmo a aposentadoria são mais distantes para os jovens que estão iniciando suas carreiras. 

Os millenials cresceram vendo seus pais ascendendo financeiramente a partir de muito trabalho. Já a Gen Z tem como exemplo mais próximo uma geração de millennials sobrecarregados que já não conseguiram atingir a mesma qualidade de vida que seus pais, mesmo trabalhando tanto quanto eles.

Para a jornalista, esses jovens profissionais estão vivendo em um contexto de maior exigência por produtividade e com promessas de recompensas cada vez mais distantes e incertas. É nesse contexto que a busca pelo bem-estar se fortalece, e movimentos como o Bare Minimum Monday pipocam sobre a panela quente dos fenômenos culturais globalizados.

 

Segundas em Flow: qualidade de vida e produtividade podem, sim, andar juntos

A Flow nasceu e cresceu com base nos conceitos do pesquisador Mihaly Csikszentmihalyi. E é do próprio Mihaly uma frase que resume bem o que acreditamos:

Business does better with people in Flow!” (Os negócios funcionam melhor com as pessoas fluindo).

Uma das práticas que adotamos aqui para conciliar produtividade e qualidade de vida é a “segunda-feira em Flow”.

A ideia nasceu com o crescimento. Com o número de colaboradores dobrando de um ano para o outro, a empresa sentiu a necessidade de criar um tempo para relacionamento e “organização da casa”. É o momento para os times se falarem, não só entre seus núcleos, mas com o todo e de buscarem conhecimento, não só individual, mas com a troca. 

“Começamos com as conversas internas, ajustamos coisas que estavam pendentes e pedimos ajuda. Então, terminamos o dia com um bate-papo informal que chamamos de ‘check in emocional’. Reservamos uma hora do dia para contar como estamos nos sentindo, sugerir filmes e séries, contar causos do final de semana e interagir com câmeras e microfones sempre abertos. O único assunto proibido é trabalho!”, conta Juliana Gola, responsável pela comunicação na Flow Group Brasil. 

O “check in emocional” surgiu na pandemia, quando os colaboradores pararam de se ver com frequência pessoalmente. Era uma forma de buscar conexão mesmo à distância. Agora, com a volta dos encontros presenciais com os clientes, o papo durante o trajeto, no café ou no almoço são mais frequentes, mas, ainda assim, o momento online com toda a empresa continuou fazendo sentido. 

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