CHRO Fórum: Como foi?

Desde o ano passado, a Flow Group Brasil faz parte do grupo de associados da ABRH – Associação Brasileira de Recursos Humanos, e, hoje, viemos contar sobre um evento riquíssimo que estivemos na última semana, em São Paulo.

O CHRO Fórum tinha como proposta debater temas para a alta liderança, com a presença de profissionais de grandes empresas e uma grade de conteúdo dividida em quatro blocos:

1)Ambiguidade e incertezas: O que não estamos vendo ou dando atenção? (negação)

2) Resistências e crenças limitantes: Quais vieses precisamos nos conscientizar? (frustração e depressão)

3)A busca por caminhos: Quais caminhos e possibilidades temos pela frente? (experimentação e decisão)

4) Gestão pela transformação: Que expemplos podem nos inspirar para lidar com esses desafios? (integração)

Mesmo que não como pauta central, mas um tema que pipocou em todas as mesas foi o formato de trabalho híbrido. Os direitos e requisitos dos colaboradores e a busca pela melhor forma para gerar resultados e qualidade de vida num mundo pós pandêmico (se é que já podemos nos colocar neste lugar) está no centro das discussões do RH atualmente.

Alguns cases foram compartilhados pelos convidados, como a ideia de criar grupos de trabalho e conversa entre as áreas para tomar decisões horizontais e ouvir o máximo de pessoas possível. Diversidade e inclusão entram nesta preocupação como um desafio ainda constante. Como disse um dos participantes: “Não basta convidar para a festa, é preciso chamar para dançar”, numa alusão à forma ideal de trabalhar o pertencimento, na prática.

O que pode estar passando diante dos nossos olhos e não estamos percebendo em um mundo com tanta informação?

O foco no colaborador como centro das organizações foi sem dúvida unanimidade entre os palestrantes, afinal, estamos criando o futuro do trabalho hoje. Cesario Nakamura, da Alelo, contou sobre os pilares de cultura que direcionam toda a engrenagem:

1. liberdade para ser quem eu sou

2. Errar corrigir e surpreender

2. orgulho em pertencer

A empresa revisitou sua Cultura Organizacional recentemente com o objetivo de atualizar para questões que não existiam antes e Nakamura chamou a atenção para este processo de escuta e entendimento do momento atual. “O papel da liderança é fundamental”, frisou ele, que recomendou ainda o artigo “Todo líder precisa navegar por essas 7 tensões“, publicado pela Harvard Business Review.

Recomendamos fortemente a leitura!

Outro convidado, Antonio Carrere, da John Deere, reforçou a importância da liderança trazer segurança psicológica para o seu time. “É importante ter paixão e identificação com o propósito da empresa”, completou, como itens fundamentais para que a equipe prospere junto.

Dados e pesquisas sobre o contexto atual também foram apresentados, levantando a bola para a questão da volta ao presencial, e uma conversa ao vivo com a autora Britt Andreatta, que cria soluções baseadas na ciência do cérebro para os desafios atuais. Ela trouxe seu modelo de gráfico para medir cada estágio do colaborador na sua jornada de trabalho e formas de resistência que todos nós temos ao lidar com mudanças.

Estamos cansados de mudar?

Mudanças curtas, médias ou longas afentam o nosso cérebro e as formas de encarar o dia a dia. Britt recomenda o mapeamento constante das várias curvas de mudança e, assim, oferecer maior suporte aos colaboradores. As motivações estão intrinsicamente ligadas às mudanças. “As que escolhemos e queremos, as que queremos e não escolhemos e as que não queremos e não escolhemos”, comentou ela. “Olhando as curvas de mudança e as motivações, a empresa pode dar mais previsibilidade para ações de RH. Para existir mudança de comportamentos para hábitos, é necessária a repetição e o treinamento”. Para exemplificar, ela fala sobre aprender a dirigir um automóvel: “Repetir 40 a 50 vezes no menor espaço de tempo vai ajudar a se tornar hábito/reflexo, como dirigir”.

O ChatGPT também esteve em todas as conversas: como usar da melhor forma? Qual o papel do humano diante da inteligência artificial? Muitas questões foram levantadas e a pauta é importante para entendermos – de novo – do futuro do trabalho, que começa agora.

No painel de encerramento, a autora Betania Tanure (BTA) deixou boas reflexões:

Somos um país relacional e acabamos usando metodologias americanas, que tem suas características, mas que não refletem a nossa realidade. Nos últimos anos vivemos uma crise afetiva no Brasil, uma mudança no eixo de importância que o colaborador tem na empresa. Passamos a perguntar: o que é bom para mim? E não apenas para o negócio. E a liderança precisou olhar para isso. Uma habilidade subjetiva que hoje é essencial está exatamente em conseguir estimular o ambiente para a transformação.”

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